segunda-feira, julho 31, 2006

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Estou de volta. Depois de cinco longos dias de ausência em outro país (com teclados de computador estranhos, sem alguns assentos e com letras trocadas - e uma coisa que eu faço bem é "teclar" sem olhar - com letras trocadas saía tudo trocado também, cada palavra um erro, um horror!).
Resolvi postar um mini-diário da viagem que em princípio seguirá a seguir.
Já neste post vou apontar o resultado das minhas reflexões profundas nestes últimos dias.
1ª Reflexão profunda, já aflorada em post anterior : não sei escrever bem. Nem quanto à forma, nem quanto ao conteúdo, e às vezes também erro na gramática, sobretudo na pontuação. Mas, gosto de escrever (isto já será a 2ª reflexão, ou conclusão das reflexões profundas).
Lembro-me que desde a 1ª classe mais do que gostar de ler, o que verdadeiramente só comecei a apreciar aos sete anos, com os livros Os Cinco da Enid Blyton (depois Os Sete pareceram-me demasiado simples) gostei foi de aprender a escrever, aprender como fixar num papel o que me parecia importante (não me lembro é do que é que eu que achava importante com seis anos, talvez um destes dias me ocorra ou encontre algum dos papéis que tenha escrito).
Entretanto, após vários diários e pretensos livros, iniciados mas nunca terminados, há cerca de quatro anos iniciei os diários chatos, verdadeiramente e mais do que alguma vez no passado, diários. Penso que escrever quase todos os dias melhorou a forma como escrevo (imagine-se então como escreveria antes...).
Este blog foi criado para que pudesse fazer um comentário num outro blog, mas depois resolvi desenvolvê-lo como uma experiência. Estou a gostar desta experiência. Sobretudo estou a gostar muito do feed-back dos comentários, de quem estou a conhecer e do que estou a aprender. Tornou-se também uma espécie de diário... menos pessoal e secreto embora anónimo (pelo menos ainda e em parte).
3ª reflexão profunda: pode ser que com esta experiência também melhore a forma como escrevo (claro que às vezes sou demasiado optimista... pelo que hipotéticos eventuais leitores não deverão contar muito com isso).
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sexta-feira, julho 28, 2006

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Aqui estou eu, pela primeira vez, num Ciber Café, assumidamente "blogdependente" (o critico caustico não teve hipotese). Merde - não consigo encontrar alguns acentos neste teclado francês. Vou sair daqui. Escrever neste teclado é demasiado complicado (as letras também estão em sitios trocados).
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quinta-feira, julho 27, 2006

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Acabámos de tomar o poder.
Eu designado por crítico cáustico mas que prefiro esclarecido e o referido por bloguista ideal, ainda renitente.
Vamos finalmente acabar com isto e dinamitar o blogue.
Por isso nos próximos tempos e at last não haverá blog.
Boas Férias.
Assinado: Crítico esclarecido
Ainda renitente, assino também, Bloguista Ideal, mas com declaração de voto: parece-me que deveríamos recorrer a outros meios, como persuadir a autora do blog a retirar-se por sua iniciativa e, só quando esgotada essa tentativa, tomarmos então o pod
Informa-se que o bloguista ideal foi silenciado e deixou de estar renitente.
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quarta-feira, julho 26, 2006

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Desenho para inícios,
como início de Férias
ou início da manhã,
quando parece que temos uma data de tempo ou um novo dia à nossa frente
para descobrirmos coisas novas
e na sequência de fotografia com 9 anos (acho)


Achei muita graça a todos os comentários gerados pelo "anúncio da aparição". Espero que comentadores me perdoem por ligeiríssima desactualização da fotografia (por isso é que eu precisava do scanner).
Pelo diálogo gerado até entre comentadores, penso que uma ideia de um amigo meu de fazermos um jantar até poderia ter piada. Até condescenderia que fosse no sul, e não no Porto, porque me parece que a maioria é de lá. Assim, o meu anonimato manter-se-ia no blog, para eventuais hipotéticos leitores, mas dar-me-ia a conhecer a comentadores e ficaria a conhecê-los também (e tenho muita curiosidade em saber como são). Se acharem que é uma sugestão à qual podiam aderir, é só comentarem.
Vou para fora cinco dias (só :( ...). Durante esse tempo se encontrar algum sítio com net, poderei ensaiar algum post, por exemplo com uma descrição chatíssima do que esteja a fazer na altura, do género: estou aqui à sombra de uma bananeira, de bikini, com um refresco na mão e sem fazer absolutamente nada... . E posso também anunciar que sim, tenciono tirar novas fotografias que depois poderei partilhar ou não, consoante me sinta compassiva de eventuais hipotéticos leitores, ou não....
De qualquer forma boas férias, ou bons dias de trabalho para todos...

terça-feira, julho 25, 2006

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Eu já tinha começado a escrever o post que diria algo deste género: uma vez que o sim ganhou (embora por apenas um voto de diferença, sendo que a contagem renhida até ao último momento se reduz a três votos válidos e um anulado :) ) vou ter de colocar aqui a fotografia em primeiro plano de "moi" que a seguir se segue:" .
Entretanto apercebi-me que o voto que eu pensava ser negativo, não o era, reconsiderei validar o voto anulado e houve mais dois comentários, penso que no sentido do sim....
Foi necessário retomar os cálculos.
E isto, a matemática é diabólica.
De qualquer forma é melhor apressar-me antes que mais alguém se manifeste e tenha de voltar a fazer contas.
Tudo posto, parece-me que o sim ganhou.
Pelo que vou então colocar, neste blog, a fotografia de mim, em primeiro plano:


Eu (sem saco da Fnac, mas também
na altura em que a fotografia foi tirada ainda não havia cá Fnac)

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segunda-feira, julho 24, 2006

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Passei esta tarde a lutar para instalar impressora-scanner até agora em vão. Segundo me disseram da loja, computador é demasiado jovem para a impressora que por isso deduz que ele é velho demais para ela. Mas isto faz algum sentido? E o computador está mesmo à frente dela, por isso não devia ser difícil para a impressora ver como está enganada... Vou ter de levar computador à loja o que me deixa pouco tempo para escrever post.
O que posso é prometer a hipotéticos e eventuais leitores que, se conseguir hoje instalar o scanner, vou utilizá-lo para meter fotografia minha, em primeiro plano, no computador e depois colocá-la no blog. Tenho é que conseguir instalar hoje esta coisa, senão promessa, determinada apenas pela exasperação, perde validade...

domingo, julho 23, 2006

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Vamos lá ver meus comentadores: não podeis ser tão simpáticos comigo!
Tendes de ser um pouco mais críticos. Senão quando aparecer um verdadeiro crítico cáustico por aqui eu não vou ter capacidade de resposta nenhuma, tão habituada que estarei a comentários simpáticos. Por isso, a partir de agora podereis começar a introduzir algumas críticas, não muito duras, para começar, nos vossos comentários. Tendes a minha autorização :)

E eu estava mesmo num momento de auto-crítica quando recebi últimos comentários simpáticos que devo confessar até me fizeram sentir muito melhor. Mas voltando à auto-crítica, tenho por vezes a impressão que é sempre que visto o vestido novo que vou cair e rasgar o vestido. Até já ando, meio preparada para a queda, visualizando como será, para não cair muito mal e parecendo-me depois que só não caí por causa disso. Será que Freud explicaria isso? Penso que o que me salva é ser capaz de rir de mim mesma (embora às vezes, só um bocadinho depois, porque no momento quero é tornar-me rápidamente invisível).

E tenho algumas quedas memoráveis das quais me lembro às vezes para rir um bocadinho ou para por comparação desvalorizar a última queda.

Um destes dias poderá ser o tema para um post :"as minhas quedas memoráveis". E se calhar até já partilho três ou quatro.
Quando tinha 9 anos e estava mesmo com um vestido novo que se rasgou quando caí. Memorável porque estava com receio que a minha mãe se zangasse por ter rasgado o vestido e a minha avó coseu-o, de forma que nem se notava.
Com 11 anos no ginásio (eu não gostava lá muito da ginástica) depois da minha professora me ter convencido que era melhor dar a cambolhota como o resto dos meus colegas (se não queria chumbar à disciplina e eu não queria...) e depois fiquei estendida de olhos fechados no colchão. Acho que pensaram que me devia ter dado qualquer coisa mas estava só a recuperar da visão do mundo de pernas para o ar.
Vários anos depois num curso de formação, todos muito formais fomos almoçar a um restaurante onde iam também os nossos professores. O chão na entrada estava escorregadio e algumas pessoas escorregaram, mas nenhuma caiu. Nenhuma, excepto eu, que além disso me agarrei ainda a um prato de queijinhos frescos que estava à entrada. Além de cair, voaram queijinhos frescos por todo o lado. Difícil ficar invisível nestas circunstâncias.
Pronto, por hoje, basta de quedas memoráveis. Guardo as outras para outro dia.
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Fui a Guimarães onde estive com um amigo que me tirou a fotografia minúscula que aparece, desta vez estranhamente sem saco de Fnac (que posso dizer, o saco ficou no carro).

(eu em Guimarães, minusculamente anónima e sem saco da Fnac - desta vez tão minúscula que provávelmente hipotéticos eventuais leitores nem conseguirão saber onde é que afinal estou -ora, estou mesmo no centro, sentada debaixo daquela construção de que não me lembro o nome, se é que alguma vez o soube)
Gostei muito de ir lá, para recordar outros tempos, outras idas com outros estados de espírito diferentes, quase encontrar-me comigo mesma em outras idades.
A primeira vez que lá fui, num passeio de escola, tinha 17 anos. Se conseguir meter uma das fotografias que tirei então dentro do computador até poderia ser engraçado depois colocá-la no blog. Com essa idade eu era muito atada, usava o cabelo mais curto e pesava menos 1 kg (o ser atada talvez não se note...). Voltei lá alguns anos depois num tempo muito bom na minha vida e a seguir num tempo diferente.
Num back to the past o que é que eu diria a qualquer um desses "eus"? À de 17 anos: "vê lá se estudas um bocado mais e consegues entrar em Coimbra" e está atenta já agora a um colega que aparecerá por lá" e dir-lhe-ia também o nome e descrevê-lo-ia para que ficasse mesmo atenta. À segunda teria de ser o velho "carpe diem" (claro que como foi antes do filme ia ter de explicar-lhe também o que é que queria dizer com aquela frase esquisita em latim). Só podia ser. E à terceira "vai haver uma quarta".
Com estes recados todos ainda confundia tudo tanto, que nem haveria quarta, e não havendo quarta voltava-se ao início com a quarta a dar os recados que levariam à sua inexistência. Estes back to the past podem ser muito complicados...

sexta-feira, julho 21, 2006

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Estou em férias e estou contente.
Não podia deixar de escrever isto pela inspiração para futuros posts. Assim daqui a uns tempos, posso escrever: "voltei ao trabalho e não estou contente" ou "voltei ao trabalho e estou contente" se durante as férias tiver apanhado um bocado de sol a mais que ainda me esteja a afectar.
E para já, não fui para lado nenhum. Sim estou em férias mas continuo aqui. Hipotéticos eventuais leitores suspiram. Afinal só terão vindo aqui porque os blogues habituais que frequentam estão de férias, sem posts novos há dias. Mas então, não seria uma boa ideia, hipotéticos eventuais leitores irem também para qualquer lado? Até para eu voltar à continuação do post sobre a primeira vez... Sem contar que eventualmente depois de umas óptimas férias, hipotéticos eventuais leitores até poderiam gostar deste blog (se as férias forem mesmo muito boas).
Para já, não vejo o bloguista ideal nem o crítico cáustico. Talvez tenham ido para qualquer lado de férias ou simplesmente fugido.
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Bloguista ideal voltou para, segundo ele, me dar alguns conselhos (que eu não tinha pedido) sobre como fazer este blog.
Em primeiro lugar, encontrar temas interessantes e polémicos sobre os quais escrever. O que quer ele, quer o crítico cáustico, concordam, até agora não aconteceu.
Depois ser capaz de escrever de uma forma gramaticalmente correcta e original. Olhei para eles de uma forma veladamente ameaçadora e não acrescentaram mais nada sobre o gramaticalmente correcto. E agora o original. Então eu não sou original? Sim? Como é?
Bloguista ideal resolveu então colocar a questão: "o que é ser original?" Pareceu-me um pouco uma fuga mas, pelo menos, melhor do que o rotundo não do crítico cáustico, que ainda acrescentou mais algumas observações que não reproduzo porque o blog é meu (se ele quiser "postá-las" que arranje um blog dele).
O que será então ser original? Será bom ou mau?. Isto lembra-me uma anedota sobre uma tese da qual se referia que tinha aspectos positivos e originais. Só que os primeiros eram copiados e os segundos eram maus.
Antes pensava que original era o ser diferente com qualidade. Então não sou original e se calhar sou é confusa (como me disse um meu amigo e aos amigos perdoa-se tudo ... ou quase tudo ... para já, esta crítica passa...). Além de, como é óbvio, não saber arranjar temas. Não só não são interessantes e polémicos, como muitas vezes, nem sequer existem (como desta vez).
E mesmo assim persisto.
Porquê?
Ainda estou a gostar de o fazer... Tenho é uma sorte que me leiam! Hpotéticos eventais leitores já deviam estar cheios mas se calhar continuam com a esperança (vã , acrescentou o crítico cáustico) de algum dia lerem aqui alguma coisa bem escrita.
Ora, sobre este propósito posso dizer-vos que já o podeis fazer!
Sim ... basta que dirijeis o foco da vossa atenção para alguns comentários....
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quarta-feira, julho 19, 2006

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(tiradas do Google - Aveiro - Wikipedia)

Jantar foi em Aveiro. Achei a cidade linda. A certa altura começou a trovejar e a chover e continuei a achar a cidade linda, molhada e iluminada pelos relâmpagos (claro que andar pela cidade apenas com um vestido fino e sandálias, com essas condições atmosféricas, não é assim tão lindo...)
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terça-feira, julho 18, 2006

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Quase, quase em férias e pouco antes de sair para jantar com colegas (marco que assinalará o começo das férias)
O que é que eu vou fazer agora?
Quer dizer, a seguir ao jantar...
- dormir (um dos meus hobbies favoritos);
- acabar o que ficou por fazer (últimos dias complicados);
- tentar em época de calor manter nível de actividade cerebral em valor mínimo suficiente para não perder nenhum neurónio (crítico cáustico acrescenta "dos dois"; bloguista ideal conseguiu fugir);
- continuar mais ou menos a fazer as mesmas coisas...

segunda-feira, julho 17, 2006

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Comecei por escrever sobre o perfil no "about me" : "Ia definir-me pelo que faço e pelo que gosto de fazer. Acho melhor esperar até encontrar uma outra forma...".
Ora, isto foi em Maio, há quase três meses (sim, é verdade, este blog já dura há quase três meses). E sempre que "abro" o blog e leio o que escrevi, penso quando é que vou mudar isto, quando é que finalmente encontro uma outra forma de definir-me?
E ... ainda não vai ser hoje.
Talvez possa apenas mudar um pouco a frase para a tornar mais definitiva para "acho melhor não dizer nada por não encontrar uma outra forma..." ou "bem posso esperar que não vou encontrar uma outra forma" ou ainda "o que é que isto interessa, o melhor é dizer desde já que não vou tentar definir-me coisa nenhuma".
Mas, para já vai continuar como está. Pode ser que de repente me venha uma luz e encontre as palavras adequadas e definitivas, embora duvide...
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Decidi arranjar outros interlocutores, além de hipotéticos leitores e comentadores, face ao desaparecimento dos colegas críticos.
Podia dividir-me numa dupla personalidade esquizofrénica em que o meu outro eu me criticaria ferozmente. Mas isso já faço de vez em quando em sede de diário pelo que não resultaria. Estou a pensar por isso em passar a contemplar o bloguista ideal e o crítico cáustico, que nas suas suas apreciações até coincidem mas utilizam termos diferentes. Bloguista ideal limita-se a desejar estar noutro sítio que não a ler posts neste blog, designadamente no seu blog incrivelmente bem definido e escrito. Crítico cáustico está um pouco cansado da crítica e deste blog e só por isso para já não será tão caústico como habitualmente.
Acabando neste preciso momento de ser criados, arranjaram-me logo uma questão quando o crítico cáustico resolveu visitar o blog do bloguista ideal (e apesar de por serem inventados, este blog nem sequer existir). E não é que resolve tecer críticas cáusticas ao blog do bloguista ideal? Este por não estar habituado a más criticas, não reagiu muito bem. Ora, assim não dá! Para pressioná-los a resolver o assunto a bem, entre eles, avisei-os que se o não fizerem um deles será posto a dormir e já agora será o bloguista ideal porque o seu blog me enerva.
(...)
Parece-me que ficaram um pouco mais calmos.
Vamos pois aguardar os futuros desenvolvimentos entre os quais poderá também sobrar para a dona-redonda pois está me a parecer demasiado séria....
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domingo, julho 16, 2006

Silence is Golden - The Tremeloes
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Às vezes penso que não quero que os dias passem por mim sem deixarem qualquer marca, que pior que arriscar e quebrar a cara, é não viver de todo e lembro-me de uma máxima que uma amiga dizia a propósito de outra amiga dela, que "a ... vai à guerra e dá e leva".
Não, que eu seja de ir à guerra, porque decididamente não sou. Podendo, esperaria em qualquer sítio é que a guerra passasse. E quando "levo" recrimino-me por não o ter evitado, nem que para isso devesse ter adivinhado e então ficado é sem ter vivido.
Se levar seja poucas ou muitas vezes o que é que ganho? espero que não seja só "dar" ainda mais no sentido da expressão referida. Também não acho que seja de dar nesse sentido. O ideal seria ganhar não ter de levar nem dar, por afinal não haver guerra, mas ganhar em viver com intensidade.
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Fotografia de Yann Arthus-Bertrand
tirada de www.yannarthusbertrand.com
La Terre vue du ciel
Mauritânia, Sahara

sábado, julho 15, 2006

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Está uma noite lindíssima de verão e estive a passear em Matosinhos, perto do mar, por entre muita gente, e de um outro lado, onde havia festa (a festa do mar), sardinhas assadas, farturas e música popular.



Senhor do Padrão
Datado do século XVIII e conhecido também por “Senhor do Espinheiro” ou “Senhor da Areia”, assinala o local onde, segundo a lenda, apareceu a imagem do Bom Jesus de Bouças, mais tarde conhecida por Senhor de Matosinhos.
Eu estive aqui ao pé ontem à noite mas é claro que quando aí estivemos, não estava assim claro, mas escuro, por ser de noite... (agora vou explorar o mundo das redundâncias)
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sexta-feira, julho 14, 2006

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Ontem aprendi a jogar bilhar snooker.
Acho engraçado ver as pessoas a jogarem, sobretudo nos filmes, quando com poucas tacadas acertam em todas as bolas, mas não era o 1º item na minha lista de objectivos a realizar (bem, na verdade, não estava exactamente na lista).
E se entretanto não voltar a jogar é muito provável que me esqueça do pouco que aprendi, apesar dos bons professores.
Mas gostei de quando não estava à espera ter assim a oportunidade de aprender algo novo.
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quinta-feira, julho 13, 2006

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Resolvi fazer uma pequena paragem para reflectir entre período de dia de trabalho e ida para sardinhada com amigos. Estou quase em férias e devia estar feliz em vez de me sentir como que em vias de começar a cantar Should all the friends be forgotten (não sei se é bem assim, mas de qualquer forma esta canção tem uma letra muito esquisita).
Isto é algo que eu faço com alguma frequência, pequenas paragens para reflectir que se caracterizam por exteriormente eu parecer simplesmente parada quando na verdade estou a reflectir profundamente. O quadro só não será perfeito se no meio da reflexão adormecer. E também não o é por destas reflexões profundas pouco às vezes resultar.
(...)
Reflecti então profundamente alguns instantes, mas sem grandes conclusões para já. Excepto que tive a sorte de conhecer e ter como meus amigos, nomeadamente os colegas críticos e que a sua presença poderá ser ocasionalmente aqui lembrada, se calhar encontrá-los por aí, ou através do "se bem me lembro"com cautela para não adulterar completamente o que me lembro de todo.
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quarta-feira, julho 12, 2006

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Estou muito triste porque colegas críticos vão-se mesmo embora.

Por isso hoje vou escrever muito pouco (vá lá, pelo menos uma desculpa para não escrever).

Pronto, o muito pouco era só isto mesmo.

Quiçá amanhã escreva um pouco mais (em breve com menos críticas, assustador imaginar o que se poderá tornar este blog....)
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terça-feira, julho 11, 2006

All You Need Is Love
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Um dos primeiros filmes que devo ter visto no cinema penso que terá sido a Música no Coração. Experiência que talvez partilhe com algum ou alguns leitores hipotéticos e que era levada a renovar cada Natal (The Sound of Music; no Brasil conhecido como A Noviça Rebelde).
Tenho a ideia de ter percorrido a idade de cada um das crianças Von Trapp, até que horror dos horrores ultrapassei a da Maria (espero que ainda não a da Baronesa e a do Capitão - mas para precaver tal possibilidade deixei de ver o filme).
Recordo ainda um ano em que teria talvez doze ou treze anos e a minha mãe levou connosco outra menina que até me parecia simpática. Parecia. Assim que o filme arranca, começa também ela a contar tudo o que se ia passar na cena seguinte. Como se não o soubessemos já todos.
Apesar disso, de vez em quando ainda penso em algumas das cenas e das músicas do filme, como uma inicial em que a Maria canta que as montanhas estão vivas (represento eu agora o papel daquela menina para os hipotéticos leitores que não o mereciam de todo). E gosto também daquela na qual a Maria anima todos com a lembrança das suas coisas favoritas. É melhor parar aqui antes que blog seja banido da blagosfera. . .

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segunda-feira, julho 10, 2006

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Novo Tema: Memórias de Infância

Temos ou não memórias de infância e, no caso de as termos, desde quando?
Depois de trabalho apurado em campo, em conversas mantidas com diferente sujeitos representativos, cheguei a algumas conclusões:
- há quem tenha memórias muito recuadas, tipo "estava eu contente num ambiente escuro e protegido, no qual ouvia um barulho parecido com um aspirador, quando me forçaram a vir cá para fora e me bateram no traseiro para que chorasse...."; e
- há quem não tenha memórias nenhumas, do género "antes do liceu não me lembro de nada... "(este vácuo ainda me parece mais estranho...).
Entre estes dois pólos, variados sujeitos com memórias dispersas que conseguem mais ou menos identificar no tempo: "teria talvez dois anos, não, tinha sete e meio, quando parti a cabeça" ou "tinha seis anos quando fui para a escola" (esta última um clássico... com as conhecidas variações "tinha cinco anos..." e "tinha sete anos..." esta mais rara)
Penso que o que nos distinguirá, para guardarmos ou esquecermos, será termos ou não pensado nas memórias do passado ao longo do tempo. Claro que assim, se calhar o que lembramos já não serão as memórias do que se passou mas as memórias das memórias, senão quiçá as memórias, das memórias das memórias, do que se passou.
Neste momento, quem estiver a ler isto já terá concluído que não tenho nenhum curso em psicologia e nem sequer me dei ao trabalho de pelo menos ler qualquer coisa.
Pois é... como já referi antes este não é um blog sério. Embora ao pensar nisso, se calhar o que disse é que era ou ia passar a ser um blog sério. Mas como ninguém vai ler o que está para atrás (nem eu) também não faz mal.
Voltando ao anterior parágrafo, coloca-se então a questão da correspondência ou não das memórias das memórias com o que se passou realmente.
Bem, desde que não haja ninguém por perto que tenha, ou pretenda ter vivido o mesmo passado connosco e assim experienciado as mesmas memórias, para quê complicar? Podem ou não corresponder, desde que não sejam muito irrealistas, poderemos continuar a afirmar que em criança arrasávamos nos jogos, eramos o mais popular, a mais engraçada, a melhor aluna, o mais bonito, etc, etc (evitar a história da criança génio, indigo ou cristal, por ser mais complicado de manter, a não ser que seja mesmo verdade...).
Existindo alguém, tipo um irmão ou um amigo de infância, podemos sempre sugerir que afinal ele ou ela já não se lembra bem. Era demasiado pequeno ou tinha já crescido, ou nem sequer estava lá naquele dia... Mesmo isto não resultando, pode sempre qualquer um ficar na sua e pronto.
O importante é começarmos de imediato a pensar no que é que recordamos da nossa infância para ver se conseguimos construir ainda algumas memórias e, já agora, algumas memórias de jeito.
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Fotografia tirada por mim em Lisboa este sábado dia 8.7.2006 (gostei muito deste dia)

sexta-feira, julho 07, 2006

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Estava só a pensar que desde praticamente o início me tenho sentido acompanhada neste blog. Primeiro pelos poucos hipotéticos leitores para os quais comecei a escrever.
Depois pelos meus comentadores (os que não conhecia antes e os que já eram meus amigos; espero nos primeiros ter encontrado amigos e a um deles já o considero assim).
Mas, também pelos colegas críticos, musas inspiradores de vários posts.
Se no próximo ano já não formos colegas este blog vai ficar muito triste...
Um deles comentou que já agora deveria referir no post que os colegas críticos são giros e bons. Portanto, e porque até acho que são (sempre com a preocupação de ser verdadeira, apesar da terrível comoção com a perspectiva da sua próxima eventual partida) aqui vai: colegas críticos são giros e bons.
Quanto à continuação do tema "a primeira vez" resolvi que só seguirá em Agosto, que espero seja a época baixa nos blogs, quando toda a gente deverá estar é na praia, e escondido no meio de muitos posts chatos.
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quinta-feira, julho 06, 2006

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"Sejamos preguiçosos em tudo, excepto em amar e em beber, excepto em sermos preguiçosos." Citação de Lessing por Paul Lafarge, no livro O Direito à Preguiça apud Notícias Magazine de 18 de Junho.
Neste mesmo artigo é citado Domenico de Masi como sustentando que existem dois tipos de pensamento. Um lógico, linear e analítico que funciona quando se está sobre pressão e outro intuitivo e criativo que só surge em estado de ócio. E este autor defende estarmos a entrar numa sociedade da criatividade onde são precisas ideias, com uma lógica de inversão onde o trabalho nascerá do ócio em vez de pelo trabalho se ganhar o direito ao ócio.
Não é uma perspectiva interessante? já estou a imaginar no futuro recebermos um ordenado para irmos à praia onde teremos ideias criativas, contribuindo assim para o desenvolvimento desta nova sociedade...
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Irei finalmente agora falar sobre o tema anunciado de "a primeira vez"?
E irei fazê-lo de uma forma pessoal ou de um modo geral?
Estava a pensar em responder à primeira pergunta: "Não".
O problema é que não estou a ver nenhum outro tema sobre o qual escrever...
E fiquei vários minutos a tentar lembrar-me de qualquer coisa, sem que nada me ocorresse... Neste momento o nada não foi nada útil.
Por isso lá vai ter de ser porque hoje tenho de escrever qualquer coisa (último post com texto já data de há mais de 24 horas).
Quanto à segunda questão, será o mesmo caso dos blind dates.
Não dá para falar de uma forma pessoal quando revelei a várias pessoas que me conhecem que sou a autora deste blog. A não ser que o fizesse anunciando antes que tudo se tratava de ficção. Claro que se partilhei esta ideia foi para afastar também esta possibilidade.
Pior ainda se exagerasse qualquer parte...permitindo-me qualquer liberdade descritiva, apenas evidentemente para enriquecer a narrativa.
Aí é que não teria solução. Seria forçada a isolar-me do resto do mundo qual eremita (será que ainda existem eremitas? e será que ainda existem montanhas isoladas para eremitas?)
Agora, o que é que poderemos falar de uma forma genérica sobre a primeira vez?
Primeiro que é bom que haja uma primeira vez!
E que depois, já agora, se sigam outras vezes.
Pronto. Já falei de uma forma genérica sobre a primeira vez e poderei agora passar para outros temas.
(...)
Infelizmente, como continuam a não me ocorrer outros temas, tenho de regressar às generalidades.
Prosseguindo com o tema, a primeira vez pode ser boa e pode não o ser.
Assim como as vezes seguintes...
Poucos e hipotéticos leitores terão ficado plenamente esclarecidos se passaram da primeira linha. Mas desconfio que os terei perdido ainda antes da primeira linha...
Bem, mas se os perdi... já poderei falar de uma forma um pouco mais pessoal. Só um pouco, não vá dar-se o caso de ainda permanecer aqui um hipotético leitor.
O tema está por todo o lado. No cinema (lembremos como exemplo The Graduate) na televisão, nas revistas, nos livros, nas conversas na escola, etc.
Lembro-me de ter concluído que seria um tema proibido quando com menos de cinco anos perguntei uma vez de onde vinham os bébés e não obtive resposta (fiquei a pensar que seria dos beijos e não me preocupei porque na altura não andava a beijar nenhum garotinho; depois e durante vários anos seguintes também não...).
Tinha já dez anos quando fiquei a saber "tudo" por uma colega mais velha da escola ("tudo" entre aspas porque afinal ainda não era bem tudo). Choque e incredulidade. Decidi que queria ter netos mas não filhos, por causa da forma como eram feitos.
Na altura não pensei que os netos são filhos dos filhos...
Entretanto cresci mais um pouco e a ideia começou a parecer-me mais interessante. Só um pouco mais porque era muito atada. Até que...
...
Vou parar aqui!
De seguida vou ver se insiro qualquer outro post para este post ficar esquecido no meio de mais posts. Ao hipotético leitor que pode ter prosseguido até aqui, e para o incentivar a regressar, revelo intenção de prosseguir o tema, do ponto onde fiquei, um outro dia, também qual Wally, numa forma escondida, na paisagem de outros posts...






Sulcar os céus (retirado
de www.portalmix.com

terça-feira, julho 04, 2006

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Tive uma óptima ideia entretanto. Posso redigir um texto agora e afirmar que o escrevi quando tinha onze anos (e para o tornar mais verosímil, semear até nele alguns erros ortográficos). Assim a quaisquer críticas que surjam posso sempre responder: mas afinal tinha apenas onze anos quando o escrevi!
Talvez não devesse é ter partilhado esta ideia brilhante...
(imagem foi retirada do mesmo site das anteriores)
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segunda-feira, julho 03, 2006

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Este blog tem andado um bocado à deriva porque não sei muito bem o que fazer com ele.
O que desconfio é capaz de ser evidente para quem quer que veja mais do que um post.
Neste plano é uma sorte que seja pouco visitado. Talvez a única razão para não se afundar em críticas corrosivas (ou isso, ou poucos críticos corrosivos que por cá passaram sentiram-se desencorajados com a tarefa hercúlea que os esperaria se empreendessem a crítica séria que se impõe).
Constatado o exposto, o que fazer com blog, já que não gosto nada de desistir seja do que for?
Agora lembrei-me que poderia procurar as tentativas literárias do passado para as prantear aqui. Pelo que recordo são todas inacabadas. E foram escritas por uma pessoa que já não sou. Pode ser uma ideia interessante (para mim, pelo menos...) até pela possibilidade de as reler e as apreciar agora também criticamente (poderia mesmo criticar-me depois em comentários).
Lembro-me de ler contos ou ver em filmes histórias de pessoas que escreveram cartas para a pessoa que seriam dali a dez anos. Eu fiz isso há muito mais de dez anos, mas depois perdi as cartas (uma sorte para poucos e hipotéticos leitores). Tenho é diários antigos. O primeiro comecei-o com dez anos. Além de ter erros de ortografia é muito chato (mais chato do que escrevo neste blog, se calhar já a semente do presente).
Relendo o que escrevi, pondero esta perspectiva terrível e arrepiante...
Estou muito perto de transformar este blog num espaço horrível (não, ainda não o é, pelo menos em comparação com o que poderá vir a ser...).
Vou reflectir profundamente sobre o exposto e depois com sorte decidir de uma forma superficialmente acertada (se tiver mesmo sorte).
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domingo, julho 02, 2006

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Há alguns anos fui a Serralves ver uma exposição de fotografias de Nan Goldin, a que penso tinham chamado "Still on earth".
Chocaram-me algumas fotografias mas depois fiquei a pensar no que poderiam significar. Tinha uma fotografia da sua melhor amiga depois de ter sido esmurrada pelo companheiro e segundo me lembro com a informação que essa amiga tinha depois morrido com sida.
E estavam lá também fotografias de amigos em situações intímas e não eram fotografias bonitas ou eróticas mas penso agora muito reais.
Ter consciência de como é breve a nossa passagem pela terra, do que é realmente importante, evidenciado nas fotografias de que falei, que não será o socialmente correcto ou o esteticamente belo, mas os sentimentos, a amizade pela amiga, as emoções e intimidade dos seus amigos, e mais uma vez o carpe diem.
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sábado, julho 01, 2006

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Pronto... já passaram mais de 24 horas desde a última postagem ou post....
E agora? nem uma ideia, nada de nada... nem mesmo para escrever sobre coisa nenhuma.
Não fui a mais nenhum concerto.
Nenhum assunto sério em perspectiva.
Nenhuma receita culinária de que me lembre (a sugestão sobre as fotografias continua irradiada)
Nem sequer um qualquer pensamento narcisista.
(...)
Vou ter de reflectir profundamente sobre o nada, para ver se arranjo qualquer coisa para escrever.
(...)
Nada!
excepto... estive mesmo a escrever sobre nada.
Várias frases nas quais não digo nada.
Mesmo e absolutamente nada.
Mais uma vez... e talvez melhor ainda do que antes (ou pior conforme a perspectiva), consegui escrever sobre nada!
Ponto positivo: depois disto o próximo post só pode ser melhor...
(ou não...)
Mas, para não perder poucos hipotéticos leitores é melhor começar a escrever sobre alguma coisa.
E quiçá seguir nova sugestão de colegas críticos: após post sobre apaixonarmo-nos, post sobre a primeira vez... Portanto, próximo post em princípio (se não me ocorrer qualquer outro tema) será sobre a primeira vez...
Mais uma vez, colegas críticos salvam blog (sem o saberem... mesmo assim qualquer queixa sobre a continuada manutenção do blog deve ser-lhes dirigida!)

(desenho ou pintura retirado do mesmo endereço antes indicado, e claro que a primeira vez é mesmo, mesmo assim... mas não é bem nesta primeira vez que se estava a pensar...).
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