terça-feira, janeiro 10, 2017

Post 5984 Livros 2017 (7) Um Drama na Sardenha de Paride Rombi

Um Drama na Sardenha de Paride Rombi (título original Perdu) - nº 88 da Colecção Miniatura, Livros do Brasil. Gostei muito deste livro. Pelo que consegui apurar terá sido o único romance escrito pelo seu autor. Está imensamente bem escrito e perdi-me na história do Perdu, da sua mãe, do avô, do pai que procurava, e da Madalena que acreditava ser sua meia-irmã.



"Paride Rombi (Calasetta6 settembre 1921 – Napoli18 agosto 1997) è stato uno scrittore e magistrato italiano conosciuto per il suo romanzo Perdu (ambientato nel Sulcis Iglesiente, in Sardegna, con cui vinse il Premio Grazia Deledda nel 1952."

"PARIDE ROMBI (Calasetta 1921-Napoli 1997) magistrato, dopo essere stato pretore a Iglesias si trasferì a Sondrio e poi a Roma, per lavorare all’Ufficio legale della Presidenza della Repubblica. Fu direttore dell’Ufficio studi del Quirinale all’epoca della presidenza di Saragat. Nel 1952 vinse la prima edizione del “Premio Grazia Deledda” con il romanzo Perdu, pubblicato da Mondadori l’anno dopo e poi tradotto in più di dieci lingue. È autore di racconti usciti su quotidiani e riviste, di traduzioni in campidanese (tra cui, nel 1983, quella dell’Antigone di Sofocle); di brevi saggi o reportage giornalistici sulla Sardegna. Tra i suoi inediti anche numerose poesie."
La storia di Perdu incomincia dal giorno in cui Angiuledda Vargiu, sua madre, andò sposa ad Efisio Manzella. Perdu, in quel giorno di metà maggio, aveva esattamente sette anni e mezzo.
La vita del bambino, prima di quel giorno, era stata priva di storia, simile, vale a dire, a quella di tanti altri bambini del Sulcis che, come polloni di lentischio spuntati all'insaputa di tutti nel bosco, conducono la loro ignorata esistenza in quel mondo ignorato. 
Angiuledda Vargiu, figlia di "tziu" Manueli Vargiu contadino delle terre del conte Salazar, aveva appena quindici anni ed era ancora nubile quando le nacque il bambino, cui ella, per devozione a San Pietro Apostolo, pose il nome di Perdu, che in sardo significa appunto Pietro.
Il bambino, fino all'età che si è detta, crebbe nella casa del nonno, gracile al pari di una canna di avena selvatica venuta su fra le rocce. La sua esistenza trascorse in un quasi totale abbandono. La mamma sempre lontano, a Iddarta o in altri paesi, a servire come domestica presso qualche famiglia, secondo un'abitudine difusissima fra le ragazze sulcitane. Si diceva anzi che fosse in una di queste lunghissime migrazioni fuori di Terreluxi che la ragazza avesse rimediato quella maternità; naturalmente lo si diceva d'arbitrio, senza nessuna sicurezza.

Na contracapa do livro que o precede:
"O jovem escritor italiano Paride Rombi ganhou o Prémio Deledda e a celebridade internacional com este romance regionalista, de um vigor e de uma verdade inexcedíveis. O primitivismo das populações rurais da Sardenha, os seus hábitos e as suas superstições sangrentas, são dados através da história triste de um rapazinho que não resiste à tragédia que pesa sobre a sua família. Romance de gente bárbara, contado com uma  puríssima delicadeza, eis uma obra-prima da moderna literatura italiana."

Pág. 143
"Compreendeu, ou pelo menos de qualquer modo intuiu, que os homens são sempre solidários mesmo que não sejam tão selvagens como o tio Manel Vargiu. Cada um pensa essencialmente em si e não se preocupa com o mal ou a dor que pode provocar nos outros com as próprias acções. Cada um tem presente sempre e principalmente o seu eu, mesmo que, aparentemente, esteja praticando uma boa acção.
Por tudo isto Perdu que, durante uns tempos, parecia querer bem instintivamente a toda a gente, pouco a pouco percebeu que o mundo nem sequer reparava na sua afeição, e do desconsolo desta constatação, como reacção natural, enraizou-se nele, gradualmente, uma profunda antipatia por tudo e por todos."

10 comentários:

  1. estes livros fazem-me recuar à infância :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. A mim também...tenho de procurar os que poderão estar em casa dos meus pais :)

      Eliminar
  2. Não conheço o livro!
    Tenho alguns em fila para ler, ainda pensei que agora em canadianas ia ler, mas a paciência e as dores não me levam a ler muito.

    Beijinho Gabi

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Com dores sobretudo não me parece nada fácil conseguir fazer seja o que for.
      As melhoras e um beijinho

      Eliminar
  3. Respostas
    1. Gostei muito deste livro, Maria do Mundo (talvez seja possível encontrá-lo numa edição francesa ou italiana)

      Eliminar
  4. Tenho que fazer um file só com as sugestões de leitura da Gábi.
    Agradeço-lhe o que partilha connosco.
    Beijinhos

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. De nada :) estou a gostar de registar o que vou lendo, aqui :)
      um beijinho

      Eliminar
  5. Não conheço mas parece bem giro!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Gostei muito deste livro Alex, recomendo-o e talvez seja possível encontrá-lo em alguma biblioteca e posso emprestar o meu exemplar também
      um beijinho

      Eliminar