segunda-feira, abril 17, 2017

Post 6151 Livros 2017 (59, 60, 61, 62 e 63) S. Awakenings The Waltz, The Tango e The Last Dance de Angelica Chase, Stealing Coal de Laurann Donher e A Mulher que Tentou Matar o Bebé da Vizinha de Liudmila Petruchévskaia

S. Awakenings The Waltz, The Tango e The Last Dance de Angelica Chase, Stealing Coal de Laurann Dohner e A Mulher que Tentou Matar o Bebé da Vizinha de Liudmila Petruchévskaia.


Na contracapa:
"Uma mulher dá por si a tapar um buraco a meio da noite numa floresta; uma família tranca-se no quarto de forma a combater uma estranha epidemia; um feiticeiro castiga duas belas bailarinas transformando-as numa grotesca performer circense; um coronel é avisado para que não levante o véu da face da sua falecida esposa; e um perturbado pai consegue ressuscitar a filha devorando corações humanos nos seus sonhos.
São contos de humor negro, repletos de vingança, mortes perturbantes e melancolia.
Liudmila Petruschévskaia nasceu a 26 de Maio de 1938 em Moscovo.
A sua escrita desconcertante levou a Publishers Weekly a considerá-la "uma das melhores escritoras vivas da Rússia".
Entrevista em 1993 por Sally Laird, tradutora para inglês do seu romance Hora: Noite, Petruchévskaia afirmou: "A Rússia é uma terra de mulheres que contam as suas histórias oralmente, sem necessidade de inventar. São narradoras extremamente talentosas. Sou apenas uma sua ouvinte."
A sua obra inclui os romances Hora: Noite (1992) e O Primeiro, ambos presentes na short-list do Russian Booker Prize, algumas peças teatrais e ainda Amor Imortal, uma colecção de contos e monólogos. Desde finais de 1980 que as suas peças, histórias e romances têm sido publicados em mais de trinta línguas. Em 2003 recebeu o Pushkin Prize para a literatura russa, atribuído pela Fundação Alfred Toepfer. Em 2003 foi-lhe atribuído o Russian State Prize for Arts, em 2005 o Stanislvsky Award e em 2006 o Triumph Prize.
Uma antologia de contos, A Mulher que Tentou Matar o Bebé da Vizinha foi publicada nos Estados Unidos em Outubro de 2009, tornando-se dois meses mais trade um bestseller do New York Times Book Review, Em 2010 venceu o World Fantasy Award, na categoria de colecção de contos.
Em finais de 1960, Petruchévskaia começou uma carreira como cantora, criando novas letras para as suas músicas favoritas, e actuando em Moscovo, em clubes noturnos e na Casa da Música. Recentemente começou a compor as suas próprias canções.
Petruchévskaia é também conhecida como uma artista visual. Os seus retratos, nus e naturezas-mortas têm sido expostos na Galeria Tretyakov, no Museu Pushkin de Belas Artes, no Museu Estatal de Literatura e em várias galerias privadas.
Em 1979 foi co-autora do cenário de um dos mais influentes filmes de animação russos - Contar Contos.


No site da Bertrand
EXCERTO
Durante a guerra, um coronel recebeu carta da mulher em que ela lhe dizia ter muitas saudades e lhe pedia que a fosse ver porque tinha medo de se finar sem estar com ele pela última vez. O coronel solicitou a licença e, como tinha sido condecorado havia pouco, conseguiu três dias. Foi de avião, mas, uma hora antes da sua chegada, a esposa faleceu. O homem chorou, fez o funeral da mulher, tomou o comboio para regressar, mas de repente descobriu que perdera o cartão de membro do partido. Revolveu todas as suas coisas, tornou à estação donde partira, tudo isso com grandes dificuldades, mas não encontrou nada e acabou por voltar para casa. Ali adormeceu e, de noite, sonhou com a mulher que lhe disse que o cartão do partido estava no seu caixão, do lado esquerdo, tendo caído quando o coronel a beijara. Avisou-o também de que não devia levantar-lhe o véu da cara.

Pág. 126
"O novo pai levava a criança, a mulher levava a roupa. Iam andando e, pelo caminho, esqueceram-se do lugar onde se dera o seu encontro, esqueceram-se também do nome da estação. Lembravam-se apenas de que tinha sido uma noite muito difícil, um caminho longo, uns tempos penosos de solidão, mas que agora lhes nacera um filho e tinham encontrado o que procuravam."

Gostei muito deste livro de pequenas histórias, muito diferentes umas das outras, mas que têm em comum a grande imaginação da sua autora e o fantástico, como contos de fadas, mas não conhecidos.

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