"Quem tropeça é sempre alguém que se distrai a olhar para as estrelas" Vladimir Nabokov (nome do blogue veio do livro para crianças de Virgínia de Castro e Almeida)
sexta-feira, março 31, 2017
quinta-feira, março 30, 2017
Post 6122 - Vamos falar de moda
Não consigo perceber como é que muitas mulheres pessoas perdem tanto tempo a comprar roupa com armários cheios dela.
Senão vejamos, com um simples par de calças e duas ou três camisolas podemos estarmos vestidos para uma estação inteira.
Peguemos por exemplo numas calças de ganga ou melhor numas simples calças pretas.
...
Mas, se consideramos que podemos querer calçar um sapato com um pouco mais de salto, talvez duas calças pretas, para não ficarem curtas...ou talvez três calças pretas se tivermos sapatos com saltos de 10 cm.
Por outro lado, se estivermos um pouco mais cheias porque andámos a comer demasiada alface (para não correr esse risco é que fujo das saladas) seria bom termos um par mais largo e outro mais justo.
Mas aí, e voltando aos sapatos seriam precisas calças mais largas para sapatos sem salto, com salto de 5 cm e com salto de 10 cm e calças mais justas para sapatos sem salto, com 5 cm e 10 cm, e pronto com seis pares de calças pretas estaríamos servidas para uma estação!
Claro que só preto poderia ser um pouco monótono e aí poderíamos arranjar mais umas calças azuis...ou seis calças azuis...
quarta-feira, março 29, 2017
Post 6120 Quarta-feira, 29.3.2017
Breve passagem pela Praça ex-Velasquez agora Praça Dr. Francisco Sá Carneiro.
Antes, praticamente durante todo o dia, havia carros estacionados por todo o lado, em lugares permitidos e inventados e em dupla fila.
Entretanto, foram colocados parquímetros - agora podemos encontrar carros estacionados em lugares inventados e em dupla fila, mas estranhamente surgem vários espaços livres nos lugares permitidos...
terça-feira, março 28, 2017
Post 6119 Notícia de ontem
Um senhor ficou fechado no supermercado - um MiniPreço algures, durante duas horas - seria o tempo de almoço dos funcionários. Ele filmou-se a ele mesmo com o telemóvel, reflectindo sobre o ocorrido, o que isso diz sobre o nosso país, sobre o período de tempo que estava a passar ali, ter perdido um encontro, ter-se accionado o alarme (também o ouvimos) e estar com frio...
Comecei a imaginar-me a mim, antes da hora do almoço...com a fome com que às vezes estou, parece-me que nunca iria reparar se estava alguém lá ao fundo nos congelados ou atrás de filas/prateleiras, eu sairia era a correr para não ser a última e ter de fechar a porta.
Post 6118 - Desafio de Escrita, 2/10 Rir e chorar
Um,
dois, três, fecho os olhos e recuo no tempo.
Paro
no dia em que comecei mesmo a reparar nele. Entrei na lojinha da aldeia em que vivíamos.
Ele estava lá a substituir a mãe, e fez um ar muito atarefado a abanar um
mata-moscas.
Não
resisti a colocar-lhe uma pergunta tonta:
-
O que estás a fazer?
-
A matar moscas, já foram cinco, três machos e duas fêmeas!
-
Mas como é que consegues distingui-las?
-
Fácil, três estavam na garrafa de cerveja e duas no telefone…
Sabia
que ele gostava de mim mas só lhe dei uma oportunidade a seguir àquela piada
pateta de que rimos os dois.
Dez
anos passaram. Namorámos, viemos viver juntos para a cidade, conversámos sobre
casar, fazer a festa, ter filhos… até ao dia em que lhe surgiu um sinal diferente
ao qual devia ter dado importância, e não deu.
Depois,
ele continuou a fazer-me rir, entre tratamentos, internamentos e cirurgia.
Viu-o
emagrecer, perder o cabelo, o apetite e o fôlego, mas não o sorriso que
guardava para mim.
E
eu tentava esconder-lhe o meu medo.
Não
fizemos mais planos para além de hoje ou amanhã. O tempo parou no hoje, no
agora.
Um,
dois, três, regresso ao presente.
Chegou
a vez de ser atendido e entramos os dois para a consulta.
Dou-lhe
a mão enquanto esperamos.
Está
demasiado calor ali, ou eu devia ter tirado o casaco. O seu médico está na sala
ao lado, ouvimos a sua voz, fala com alguém ao telefone.
Entra
com os resultados e de repente tenho frio. Diz-nos para nos sentarmos. Ele
também se senta, poupa os papéis na secretária, olha para nós e diz “está em
remissão.”
Um,
dois, três.
O
tempo volta a correr como antes. Pela primeira vez, choro à sua frente.
Post 6117 - Livros 2017 (45, 46, 47, 48, 49 e 50) Abismo e outros contos de Jean Meckert, Growling for Mine e Paid For de Alexa Riley, Claimed de Laurann Dohner, Boomtown - Freebirds de Lani Lynn Vale e Tiger de Laurann Dohner
Abismo e outros Contos de Jean Meckert
Novas Espécies, Tiger de Laurann Dohner
Boomtown - Freebirds Lani Lynn Vale
Claimed de Laurann Dohner
Growling for Mine e Paid For de Alexa Riley
Novas Espécies, Tiger de Laurann Dohner
Boomtown - Freebirds Lani Lynn Vale
Claimed de Laurann Dohner
Growling for Mine e Paid For de Alexa Riley
Na contracapa:
"Jean Meckert (1910-1995) é uma figura rebelde das letras francesas e autor de uma vasta obra que se reparte por romances policiais (sob o pseudónimo Jean Amila), peças de teatro e guiões. Conheceu precocemente o desespero, e guardará da sua infância a repulsa pelo ensino religioso e a memória da fome. Apaixonado pela literatura, mas forçado a deitar a mão a todo o tipo de trabalhos precários, é no fim dos dias de trabalho extenuante que se dedica à escrita. Autor prolífico, guardou em cadernos escolares diversos contos inéditos, entre os quais os três que compõem este livro. Foi mobilizado em 1939, e a experiência da guerra viria a despertar nele um profundo antimilitarismo. A consgração chegaria em 1941 com Les Coups, obra aclamada por André Gide e Queneau, entre outros."
"Tenho a carapaça dura, já vi muita coisa. Mas, de repente, dei-me conta da minha responsabilidade nesta história. E talvez seja desde esse dia que sei o que é odiar, talvez seja esse dia que assinala o modo como consegui recompor-me,aquele em que encontrei uma força interior, uma razão de ser: a luta, a luta implacável contra a sociedade actual, contra este regime abominável, abjecto, que me fez matar um homem, por trezentos francos."
Prefácio do editor francês:
"Em "O Bom Samaritano, conto inédito do jovem Jean Meckert, um das personagens alistou-se no exército porque estava desempregado e "morrer de fome". São realidades dolorosas vividas pelo próprio autor nos anos 30, depois de uma infância já de si bastante penosa.
Nascido em Paris a 24 de Novembro de 1910, Jean Meckert foi separado da família e enviado, em 1920, para o asilo Lambrechets, uma instituição de origem protestante situada em Courbevoie. Meckert guardará desses quatro anos de orfanato uma repulsa pelo ensino religioso, a memória da fome e do frio, bem como um profundo sentimento de humilhação e de abandono.
Bom aluno, obtém o diploma do ensino primário e entre como aprendiz para uma empresa de construção de motores eléctricos. Após ter trabalhado algum tempo na fábrica, ingressa, em 1927, já como empregado de escritório, no Crédit Lyonnais, onde a mãe trabalhava como empregada de limpeza.
Vítima da crise de 1919, Jean Meckert perde o emprego e passa a alternar desemprego com pequenos trabalhos eventuais. Para escapar a esta vida de miséria, em Novembro de 1930 alista-se no exército por um período de dezoito meses. Colocado no campo de Satory, em Versalhes, será punido com várias penas de prisão por ausências injustificadas, mas ainda assim promovido ao posto de cabo pelo comandante da 5ª Companhia de Engenharia, responsável pelas infra-estruturas ferroviárias e pelas pontes.
De regresso à vida civil, em Maio de 1932, volta a cair numa situação de pobreza: "Era a época do grande desemprego dos anos 30", escreveria ele, "Já não havia trabalho, era preciso fazer tudo e mais alguma coisa para sobreviver". Meckert deitará assim a mão a todo o tipo de trabalhos, inclusivamente o de vendedor ambulante ao portão da fábrica da Renault.
O quarto de hotel sórdido onde vive então, em Belleville, torna-se a sua "última trincheira", o refúgio onde escreveria narrativas inspiradas na sua própria existência, designadamente três "contos" que copiaria cuidadosamente, em 1935, para um caderno escolar: "Um Crime", "O Bom Samaritano" e "Abismo". Três textos de juventude que pronunciam a obra futura, e em particular Les Coups, romance publicado pela Editora Gallimard em 1941, sob o conselho entusiasta de Raymond Queneau."
Pág. 29
"Lá fora, o ar gélido era capaz de atravessar três pares de mitenes. A sentinela quase dava cabo da guarita a bater os pés para se aquecer. Pela nossa parte, estávamos todos à volta do fogão, com pena do homem."
Pág. 47
"Estava com ar de nem o poder ver.
Então o chefe do posto, o matador de negros, dirigiu-se a ele com o cenho mais carregado do que nunca.
- O que se passou é que deixaste cair o capacete - disse-lhe ele baixinho.
- Como assim?! - exclamou o cabo, desconcertado.
- Já disse: caiu ao chão - continuou o sargento, olhando-o bem nos olhos.
- Mas...!
- Vamos, não estás a perceber.
- Há uma testemunha!
- Eu dou-lhe uma palavrinha.
- Mas...!
- Vá lá, não te armes em mauzão. Senão vais ter chatices de outra maneira. Entendido?
A seguir o sargento voltou para o seu canto, pousou no banco o púcaro, o litro do vinho que não tinha acabado, pão branco da messe e uma lata de patê que tirou do bornal.
- Vamos, come! - disse ele ao vagabundo.
Depois foi de novo deitar-se na enxerga."
Três contos muito diferentes (o meu preferido foi o segundo) em que o narrador é personagem sobretudo no primeiro e no terceiro, tem uma actuação reprovável com consequências trágicas no primeiro (Um crime) presencia um acto admirável e surpreendente pela pessoa que o pratica, em O Bom Samaritano, e cai numa degradação claustrofóbica da qual consegue sair depois de um acto do maior desespero (O Abismo).
Muito bem escrito.
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Livros 2017
segunda-feira, março 27, 2017
Post 6116
Muito ocupada, a procurar inspiração para escrever o segundo texto de novo desafio de escrita depois de me ter esforçado em vão durante esta semana para convencer N, ou uma das minhas irmãs a escreverem-no, e o prazo para o enviar termina hoje.
É muito triste. Eu bem tentei , mas isto de delegar tarefas não é nada fácil...Vou ter de o fazer eu mesma.
domingo, março 26, 2017
sábado, março 25, 2017
Post 6111 Livros - Divulgação - Colecção com o Público
E no ano em que Lisboa foi eleita Capital Ibero-Americana de Cultura, o Público edita uma colecção, em parceria com a Leya com grandes obras de grandes autores ibero-americanos, cada livro por 8,90 cada:
1
|
Colômbia
|
Gabriel García Márquez
|
Crónica de uma Morte Anunciada
|
25-mar
|
2
|
Chile
|
Antonio Skármeta
|
O Carteiro de Pablo Neruda
|
01-abr
|
3
|
Peru
|
Mario Vargas Llosa
|
Quem matou Palomino Molero?
|
08-abr
|
4
|
Portugal
|
António Lobo Antunes
|
Auto dos Danados
|
15-abr
|
5
|
Espanha
|
Juan Marsé
|
Rabos de Lagartixa
|
22-abr
|
6
|
Brasil
|
Jorge Amado
|
Jubiabá
|
29-abr
|
7
|
Argentina
|
Julio Cortázar
|
Bestiário
|
06-mai
|
8
|
México
|
Juan Rulfo
|
Pedro Parámo
|
13-mai
|
9
|
Uruguai
|
Felisberto Hernández
|
Conto Reunidos
|
20-mai
|
10
|
Cuba
|
Alejo Carpentier
|
Concerto Barroco
|
27-mai
|
11
|
Honduras
|
Augusto Monterrosso
|
O resto é silêncio
|
03-jun
|
12
|
Guatemala
|
Miguel Ángel Asturias
|
O senhor Presidente
|
10-jun
|
sexta-feira, março 24, 2017
quinta-feira, março 23, 2017
Post 6108
Portanto se eu bem percebi o que disse, Jeroen Dijsselbloem, estou a ficar com a fama, sem o proveito!
Isto é uma injustiça!
Se os países afectados pela crise estão a gastar o dinheiro todo com bebida e mulheres para uns, tem de haver chocolates (para quem não gosta de álcool) e homens livros para outras!
Post 6107 - Prémio Nobel da Literatura desde 1901
Visto aqui
Año | Premiado | Idioma | Obra destacada[1] | |||
---|---|---|---|---|---|---|
1901 | Sully Prudhomme | Francés | La Felicidad | |||
1902 | Theodor Mommsen | Alemán | Historia de Roma | |||
1903 | Bjørnstjerne Bjørnson | Noruego | Digte og sange | |||
1904[2] | Frédéric Mistral | Occitano | Mirèio | |||
José de Echegaray | Español | El gran galeoto | ||||
1905 | Henryk Sienkiewicz | Polaco | Quo Vadis? | |||
1906 | Giosuè Carducci | Italiano | Intermezzo | |||
1907 | Rudyard Kipling | Inglés | El Libro de las Tierras Vírgenes | |||
1908 | Rudolf Christoph Eucken | Alemán | La verdad de la religión | |||
1909 | Selma Lagerlöf | Sueco | El maravilloso viaje de Nils Holgersson | |||
1910 | Paul von Heyse | Alemán | L'Arrabbiata | |||
1911 | Maurice Maeterlinck | Francés | El Pájaro azul | |||
1912 | Gerhart Hauptmann | Alemán | Los tejedores | |||
1913 | Rabindranath Tagore | Bengalí | El hogar y el mundo | |||
1914 |
| |||||
1915 | Romain Rolland | Francés | Jean-Christophe | |||
1916 | Verner von Heidenstam | Sueco | Nya Dikter | |||
1917[3] | Karl Adolph Gjellerup | Danés | El peregrino kamanita | |||
Henrik Pontoppidan | Danés | Pedro el Afortunado | ||||
1918 |
| |||||
1919 | Carl Spitteler | Alemán | Prometeo paciente | |||
1920 | Knut Hamsun | Noruego | Hambre | |||
1921 | Anatole France | Francés | La isla de los pingüinos | |||
1922 | Jacinto Benavente | Español | Los intereses creados | |||
1923 | William Butler Yeats | Inglés | Los cisnes salvajes de Coole | |||
1924 | Władysław Reymont | Polaco | Los campesinos | |||
1925 | George Bernard Shaw | Inglés | Pigmalión | |||
1926 | Grazia Deledda | Italiano | Cenizas | |||
1927 | Henri Bergson | Francés | Memoria y vida | |||
1928 | Sigrid Undset | Noruego | Kristin Lavransdatter | |||
1929 | Thomas Mann | Alemán | La montaña mágica | |||
1930 | Sinclair Lewis | Inglés | Esto no puede pasar aquí | |||
1931 | Erik Axel Karlfeldt | Sueco | Baladas de Fridolín | |||
1932 | John Galsworthy | Inglés | La saga de los Forsyte | |||
1933 | Iván Bunin | Ruso | El señor de San Francisco | |||
1934 | Luigi Pirandello | Italiano | Seis personajes en busca de autor | |||
1935 |
| |||||
1936 | Eugene O'Neill | Inglés | Extraño interludio | |||
1937 | Roger Martin du Gard | Francés | Los Thibault | |||
1938 | Pearl S. Buck | Inglés | La buena tierra | |||
1939 | Frans Eemil Sillanpää | Finés | Silja | |||
1940 | ||||||
1941 | ||||||
1942 |
| |||||
1943 | ||||||
1944 | Johannes Vilhelm Jensen | Danés | El largo viaje | |||
1945 | Gabriela Mistral | Español | Desolación | |||
1946 | Hermann Hesse | Alemán | El lobo estepario | |||
1947 | André Gide | Francés | El inmoralista | |||
1948 | T. S. Eliot | Inglés | La tierra baldía | |||
1949 | William Faulkner | Inglés | El ruido y la furia | |||
1950 | Bertrand Russell | Inglés | Principia Mathematica | |||
1951 | Pär Fabien Lagerkvist | Sueco | Barrabás | |||
1952 | François Mauriac | Francés | Nido de víboras | |||
1953 | Winston Churchill | Inglés | Memorias | |||
1954 | Ernest Hemingway | Inglés | El viejo y el mar | |||
1955 | Halldór Laxness | Islandés | Gente independiente | |||
1956 | Juan Ramón Jiménez | Español | Platero y yo | |||
1957 | Albert Camus | Francés | El extranjero | |||
1958 | Borís Pasternak[4] | Ruso | Doctor Zhivago | |||
1959 | Salvatore Quasimodo | Italiano | Erato y Apolión | |||
1960 | Saint-John Perse | Francés | Pájaros | |||
1961 | Ivo Andrić | Serbocroata | Ex-Ponto | |||
1962 | John Steinbeck | Inglés | Las uvas de la ira | |||
1963 | Giorgos Seferis | Griego | El zorzal | |||
1964 | Jean-Paul Sartre[5] | Francés | El ser y la nada | |||
1965 | Mijaíl Shólojov | Ruso | El Don apacible | |||
1966[6] | Shmuel Yosef Agnon | Hebreo | El ajuar de la novia | |||
Nelly Sachs | Alemán | Vivir bajo amenaza | ||||
1967 | Miguel Ángel Asturias | Español | El señor Presidente | |||
1968 | Yasunari Kawabata | Japonés | Lo bello y lo triste | |||
1969 | Samuel Beckett | Inglés/Francés | Esperando a Godot | |||
1970 | Aleksandr Isaevich Solzhenitsyn | Ruso | Archipiélago Gulag | |||
1971 | Pablo Neruda | Español | Canto General | |||
1972 | Heinrich Böll | Alemán | Opiniones de un payaso | |||
1973 | Patrick White | Inglés | Tierra ignota | |||
1974[7] | Eyvind Johnson | Sueco | Odisea, Regreso a Ítaca | |||
Harry Martinson | Sueco | Aniara | ||||
1975 | Eugenio Montale | Italiano | El vendaval y otras cosas | |||
1976 | Saul Bellow | Inglés | Herzog | |||
1977 | Vicente Aleixandre | Español | Poemas de la consumación | |||
1978 | Isaac Bashevis Singer | Yiddish | Un día placentero: Relatos de un niño que se crió en Varsovia | |||
1979 | Odysseus Elytis | Griego | Dignum est | |||
1980 | Czeslaw Milosz | Polaco | El poder cambia de manos | |||
1981 | Elias Canetti | Alemán | Auto de fe | |||
1982 | Gabriel García Márquez | Español | Cien años de soledad | |||
1983 | William Golding | Inglés | El señor de las moscas | |||
1984 | Jaroslav Seifert | Checo | Toda la belleza del mundo | |||
1985 | Claude Simon | Francés | Historia | |||
1986 | Wole Soyinka | Inglés | La muerte y el caballero del rey | |||
1987 | Joseph Brodsky | Ruso/Inglés | Historia del siglo XX | |||
1988 | Naguib Mahfouz | Árabe | El callejón de los milagros | |||
1989 | Camilo José Cela | Español | La colmena | |||
1990 | Octavio Paz | Español | Libertad bajo palabra | |||
1991 | Nadine Gordimer | Inglés | El conservador | |||
1992 | Derek Walcott | Inglés | El testamento de Arkansas | |||
1993 | Toni Morrison | Inglés | Beloved | |||
1994 | Kenzaburō Ōe | Japonés | Una cuestión personal | |||
1995 | Seamus Heaney | Inglés | Norte | |||
1996 | Wisława Szymborska | Polaco | Mil consuelos | |||
1997 | Dario Fo | Italiano | Muerte accidental de un anarquista | |||
1998 | José Saramago | Portugués | Ensayo sobre la ceguera | |||
1999 | Günter Grass | Alemán | El tambor de hojalata | |||
2000 | Gao Xingjian | Chino | La Montaña del Alma | |||
2001 | Vidiadhar Surajprasad Naipaul | Inglés | El curandero místico | |||
2002 | Imre Kertész | Húngaro | Sin destino | |||
2003 | John Maxwell Coetzee | Inglés | Desgracia | |||
2004 | Elfriede Jelinek | Alemán | La profesora de piano | |||
2005 | Harold Pinter | Inglés | Tierra de nadie | |||
2006 | Orhan Pamuk | Turco | Estambul | |||
2007 | Doris Lessing | Inglés | El cuaderno dorado | |||
2008 | Jean-Marie Gustave Le Clézio | Francés | La cuarentena | |||
2009 | Herta Müller | Rumano/Alemán | En tierras bajas | |||
2010 | Mario Vargas Llosa | Español | La ciudad y los perros | |||
2011 | Tomas Tranströmer | Sueco | Góndola fúnebre | |||
2012 | Mo Yan | Chino | Grandes pechos amplias caderas | |||
2013 | Alice Munro | Ingles | Las lunas de Júpiter | |||
2014 | Patrick Modiano | Francés | Calle de las tiendas oscuras | |||
2015 | Svetlana Alexievich | Francés | El fin del homo sovieticus |
Post 6105 - Desafio de Escrita 10/10 Fim
Fim
em apoteose, ou como deveria ter sido.
O
céu cintilantemente azul deveria ter escurecido logo após os raios vermelhos que
surgiram pálidos e não sintonizados com os trovões que ao invés os precederam
Mas
onde é que se viu, ouvir-se o trovão antes do relampejar?
Ali,
tinha de ser ali!
No
chão os corpos de dois dos “mortos” surpreendidos com o trovejar antecipado não
conseguiram evitar estremecimentos inausitados – estavam a rir!
Todos
deveriam ter permanecido imóveis, enquanto a cortina desceria lentamente.
Ao
invés, o céu não escureceu, raios rosados seguiram-se aos trovões, e nem os
mortos ficaram quietos.
Mas
tinha de ser logo na noite de estreia?!
Desisto!
Pensou. Nunca mais volto a encenar qualquer peça com este bando de amadores
incompetentes.
Nessa
altura, começou a ouvir os aplausos. O público levantava-se para aplaudir
entusiasticamente. Ouviu “bis” e “muito bem”.
Voltaram
ao palco já ressuscitados os que tinham morrido durante a tragédia e
juntavam-se aos heróis sobreviventes. O par romântico, ao qual fora apenas
permitido um abraço e no último acto, sorria agora separado, o herói com os amigos,
a heroína de mãos dadas com o vilão com ar zombie, com quem começara a “sair”
dias antes.
Chamaram
por ele.
Hesitou,
só por segundos, mas foi juntar-se aos colegas.
Luzes
acesas, reconhecia na plateia os pais e demais parentes e alguns professores.
Todos pareciam bem animados.
Talvez
a peça não tivesse corrido tão mal como pensara…
Ou
estariam animados porque finalmente tinha acabado?
Iniciou
e terminou com aquela peça de escola, a sua brilhante carreira enquanto encenador.
Muitos
anos depois conseguia rir-se de si próprio, de como levara tudo tão a sério, da
sua irritação com os falhanços técnicos e amadorismo dos actores – mas ali eram
todos amadores, garotos de doze e treze anos.
E
nunca esqueceu aquele fim.
quarta-feira, março 22, 2017
Post 6104 Livros - Divulgação
Pelo Continente, temos uma mesa de livros com o "Leve 2 Pague 1", com livros como A caminho de casa de Fabio Volo, A Elizabeth desapareceu de Emma Healey, És tudo o que eu quero de Giovanna Fletcher e O Fim das Estações de Will North.
E poderemos juntar a esta promoção os 15% em talão desta semana, que acresce aos 10% do Editor desconto (não que eu tenha trazido qualquer livro destes comigo ou sequer tenha parado a ver quais os livros que lá estavam).
E poderemos juntar a esta promoção os 15% em talão desta semana, que acresce aos 10% do Editor desconto (não que eu tenha trazido qualquer livro destes comigo ou sequer tenha parado a ver quais os livros que lá estavam).
terça-feira, março 21, 2017
Post 6103 - Terça-feira, 21.3.2017, Em cidade local de trabalho, "Poesia à mesa"
Egito Gonçalves
Sobre os poemas
entre as prisões e os intervalos
António Aleixo
Os vendilhões do templo
Fazer bem não é só dar
Pão aos que dele carecem,
E à caridade o imploram,
É também aliviar
As mágoas dos que padecem,
Dos que sofrem, dos que choram
Olinda Beja
Quem somos?
continuaremos a plantar café cacau
e a comer por gosto fruta-pão
filhos do sol e do mato
arrancados à dor da escravidão
Cláudia R. Sampaio
Tu sentado na praça
Comove-me esta imensa fila para se
chegar à ginja como se assim se chegasse
à verdade das coisas, aos braços tão curtos da solidão ibérica.
Comove-me a velha que sobe as saias em busca.
A juventude não vem
Joaquim Pessoa
Poema décimo nono
O poeta deve ser um conhecedor, um "maitre", aquele que cria
e dá a provar novos sabores, mais requintados uns que outros
Se não souberes cozinhar, não sirvas poemas a ninguém
Mais vale o jejum do que comida sem arte, nem tempero.
António Torrado
Sargo e parvo
Parvo, disse o sargo/ ao pargo. / Parvo, não. Pargo,
emendou o pargo.
Mas já a rede/ o puxava/ e o levava/ do mar largo / para a costa.
Era mesmo parvo, /concluiu o sargo
Gonçalves, Egito - Os Arquivos do Silêncio, Lisboa: Portugália. 1963.
Egito Gonçalves nasceu em Matosinhos, em 1922. Começou a publicar livros de poesia na década de 1950. Esteve ligado a algumas revistas de poesia que fundou ou dirigiu. Poeta e tradutor, desempenhou um grande papel na animação cultural e literária do Porto. Foi um dos fundadores do Teatro Experimental do Porto.
Aleixo, António. Inéditos 1ª ed. Loulé: Vitalino Martins Aleixo, 1976
Antonio Aleixo nasceu em Vila Real de Santo António, em 1899- Foi um poeta popular português celebrizado hoje pela sua ironia e pela crítica social. É também recordado por ter sido um homem simples, humilde e semi-analfabeto que deixou como legado uma obra poética singular no panorama português da primeira metade do século XX
Beja, Olinda, Aromas de Cajamanga, São Paulo: Escrituras 2009. ISBN 978-85-7531-340-4
Olinda Beja nasceu em São Tomé e Princípe, em 1946. Poeta e narradora, publicou vários livros, nomeadamente, Bô Tendê? (poemas), 15 dias de regresso (romance) e Pé-de-perfume (contos). As suas obras têm sido objecto de estudo em várias universidades, nomeadamente no Brasil, Inglaterra, Alemanha, França, África do Sul.
Sampaio, Cláduia R. - Ver no escuro, Lisboa: Tinta-da-China, 2016, ISBN 978-989-671-303-4.
Cláudia R. Sampaio nasceu em 1981, em Lisboa. Em 2014 publicou o seu primeiro livro de poesia. Os dias da corja (Do Lado Esquerdo), seguindo-se A primeira urina da manhã (Douda Correria) em 2015. Desde então, tem colaborado em várias revistas e antologias de poesia. Vive em Lisboa com as suas duas gatas.
Pessoa, Joaquim - Guardar o fogo. (Moimenta da Beira): Esgotadas, cop. 2013 ISBN 978-989-8514--59-2.
Joaquim Pessoa nasceu no Barreiro em 1948. Poeta, artista plástico, publicitário e estudioso de arte pré-histórica, publicou mais de 27 livros, nomeadamente "Ano Comum" e "O Poeta Enamorado". Foi premiado três vezes pela sua obra. Conta com mais de 600 recitais da sua poesia, realizados em Portugal e no Estrangeiro.
Torrado, António - Como quem diz, 2ª ed. Lisboa, Assírio & Alvim, 2007. ISBN 972-37-1046-9
António Torrado nasceu em Lisboa em 1939. Poeta, ficcionista, dramaturgo, autor de obras de pedagogia e de investigação pediográfica, é um contador de histórias por excelência. Tem mais de 120 livros publicados, onde sobressai a produção literária para crianças.
Sobre os poemas
Há poetas que constroem o mundo nos cafés,
outros que o fazem no claro-escuroentre as prisões e os intervalos
António Aleixo
Os vendilhões do templo
Fazer bem não é só dar
Pão aos que dele carecem,
E à caridade o imploram,
É também aliviar
As mágoas dos que padecem,
Dos que sofrem, dos que choram
Olinda Beja
Quem somos?
continuaremos a plantar café cacau
e a comer por gosto fruta-pão
filhos do sol e do mato
arrancados à dor da escravidão
Cláudia R. Sampaio
Tu sentado na praça
Comove-me esta imensa fila para se
chegar à ginja como se assim se chegasse
à verdade das coisas, aos braços tão curtos da solidão ibérica.
Comove-me a velha que sobe as saias em busca.
A juventude não vem
Joaquim Pessoa
Poema décimo nono
O poeta deve ser um conhecedor, um "maitre", aquele que cria
e dá a provar novos sabores, mais requintados uns que outros
Se não souberes cozinhar, não sirvas poemas a ninguém
Mais vale o jejum do que comida sem arte, nem tempero.
António Torrado
Sargo e parvo
Parvo, disse o sargo/ ao pargo. / Parvo, não. Pargo,
emendou o pargo.
Mas já a rede/ o puxava/ e o levava/ do mar largo / para a costa.
Era mesmo parvo, /concluiu o sargo
Gonçalves, Egito - Os Arquivos do Silêncio, Lisboa: Portugália. 1963.
Egito Gonçalves nasceu em Matosinhos, em 1922. Começou a publicar livros de poesia na década de 1950. Esteve ligado a algumas revistas de poesia que fundou ou dirigiu. Poeta e tradutor, desempenhou um grande papel na animação cultural e literária do Porto. Foi um dos fundadores do Teatro Experimental do Porto.
Aleixo, António. Inéditos 1ª ed. Loulé: Vitalino Martins Aleixo, 1976
Antonio Aleixo nasceu em Vila Real de Santo António, em 1899- Foi um poeta popular português celebrizado hoje pela sua ironia e pela crítica social. É também recordado por ter sido um homem simples, humilde e semi-analfabeto que deixou como legado uma obra poética singular no panorama português da primeira metade do século XX
Beja, Olinda, Aromas de Cajamanga, São Paulo: Escrituras 2009. ISBN 978-85-7531-340-4
Olinda Beja nasceu em São Tomé e Princípe, em 1946. Poeta e narradora, publicou vários livros, nomeadamente, Bô Tendê? (poemas), 15 dias de regresso (romance) e Pé-de-perfume (contos). As suas obras têm sido objecto de estudo em várias universidades, nomeadamente no Brasil, Inglaterra, Alemanha, França, África do Sul.
Sampaio, Cláduia R. - Ver no escuro, Lisboa: Tinta-da-China, 2016, ISBN 978-989-671-303-4.
Cláudia R. Sampaio nasceu em 1981, em Lisboa. Em 2014 publicou o seu primeiro livro de poesia. Os dias da corja (Do Lado Esquerdo), seguindo-se A primeira urina da manhã (Douda Correria) em 2015. Desde então, tem colaborado em várias revistas e antologias de poesia. Vive em Lisboa com as suas duas gatas.
Pessoa, Joaquim - Guardar o fogo. (Moimenta da Beira): Esgotadas, cop. 2013 ISBN 978-989-8514--59-2.
Joaquim Pessoa nasceu no Barreiro em 1948. Poeta, artista plástico, publicitário e estudioso de arte pré-histórica, publicou mais de 27 livros, nomeadamente "Ano Comum" e "O Poeta Enamorado". Foi premiado três vezes pela sua obra. Conta com mais de 600 recitais da sua poesia, realizados em Portugal e no Estrangeiro.
Torrado, António - Como quem diz, 2ª ed. Lisboa, Assírio & Alvim, 2007. ISBN 972-37-1046-9
António Torrado nasceu em Lisboa em 1939. Poeta, ficcionista, dramaturgo, autor de obras de pedagogia e de investigação pediográfica, é um contador de histórias por excelência. Tem mais de 120 livros publicados, onde sobressai a produção literária para crianças.
Post 6102 O dia em que descobrimos que dois colegas e amigos poderiam ser alienígenas
Há dias estava a almoçar com dois colegas e resolvi partilhar com eles o meu entusiasmo por irem realizar uma sequela para fins de beneficência do filme O Amor Acontece, com a Lúcia Moniz e o Colin Firth.
Silêncio estranho.
Eles não tinham visto o filme!!!
Insisti na ideia de que poderiam tê-lo perdido no cinema, mas passou na televisão e é até um filme de Natal como Do Céu caiu uma estrela
Silêncio ainda mais estranho.
Eles não viram Do Céu caiu uma estrela!!!!!
Quase em pânico resolvi apelar para o último teste possível sobre se seriam ou não do Planeta Terra e... está tudo bem, não são de Marte, viram a Música no Coração.
Silêncio estranho.
Eles não tinham visto o filme!!!
Insisti na ideia de que poderiam tê-lo perdido no cinema, mas passou na televisão e é até um filme de Natal como Do Céu caiu uma estrela
Silêncio ainda mais estranho.
Eles não viram Do Céu caiu uma estrela!!!!!
Quase em pânico resolvi apelar para o último teste possível sobre se seriam ou não do Planeta Terra e... está tudo bem, não são de Marte, viram a Música no Coração.
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